22 de fev. de 2013

Itália

Bom dia!

Agora são 20:30 do dia 7 de fevereiro de 2013, e estou escrevendo de dentro de um ônibus. Estou na estrada, indo para Londres, para o meu aeroporto preferido: o Heathrow! Não sei definir o que estou sentindo agora, mas acho que é saudade. Talvez nostalgia. O dia da chegada, minhas primeiras horas em Londres, o alarme de incêndio que disparou e eu nunca soube o motivo... São lembranças que vão ficar pra sempre.

Nem faz tanto tempo, mas da última vez que estive nele eu era outra pessoa. Eu tinha vergonha de falar inglês, eu só tinha falado com 1 estrangeiro em toda a minha vida, e quase tudo o que eu conhecia ficou no Brasil. Eu era um estranho num mundo novo. E que mundo! Eu não conhecia o Big Ben, a Torre Eiffel e o Coliseu. Eu não conhecia a alegria e a beleza da neve. Eu tinha acabado de descer do meu primeiro voo. Eu ainda escrevia “vôo”.

Eu não sabia o quanto a família e os amigos podem fazer falta. Eu não sabia o quanto aperta o coração ver minha mãe chorando de saudades no Skype, e nem como era chorar toda vez que leio uma carta que ela deixou escondida no bolso da minha blusa.

No meio de tudo isso, teve uma mudança que eu acredito ser a maior de todas. No dia 14 de setembro de 2012, quando eu conheci o Heathrow Airport, eu não tinha uma aliança na minha mão direita. Eu já tinha a certeza, mas não era oficial: hoje eu tenho uma noiva.

Esse é um post especial, pois conta como isso aconteceu. No post anterior, escrevi até o dia em que pegamos um voo de Barcelona para a Itália. Cada cidade desse país maravilhoso, cada momento que passamos nele, cada hostel, padaria ou restaurante, são detalhes que vão ficar pra sempre na memória.

Roma

Chegando em Roma
O voo de Barcelona para Roma foi o primeiro que eu e a Nany pegamos juntos. Chegamos em Roma na sexta (28/12) às 7:30 da manhã. Tivemos um início de viagem meio conturbado. Explica-se: o hostel que eu tinha reservado era, teoricamente, perto do aeroporto. O problema é que a saída do aeroporto era do lado contrário que eu imaginei olhando no mapa, e como ele fica no meio do nada, não tinha como ir andando. Demoramos um bom tempo pra descobrir qual ônibus pegar, mas conseguimos chegar na estação de metrô que, teoricamente, ficava a algumas quadras do hostel. O problema é que ainda estávamos no meio do nada, e pra chegar no hostel tínhamos que pegar estrada. Mais algum tempo depois, descobrimos qual ônibus pegar e encontramos uma espanhola que nos ajudou a descer no ponto certo.

Agora sim, estávamos a algumas quadras do hostel. Era só chegar, fazer o check-in e dormir. Ou, no mínimo, deixar as malas e sair pra passear até a hora do check-in. Teoricamente. Chegando lá, nos deparamos com um bilhete ao lado do interfone: check-in às 15-16h, ninguém na casa antes desse horário. Estávamos sem dormir, num bairro longe de tudo (talvez fosse até outra cidade), com toneladas de malas (o que não eram tantas toneladas assim, visto que viajamos de Ryanair, mas ainda assim incomodava) e sem lugar pra deixar as malas por umas 5 horas!

Nosso primeiro café italiano
Sem mais opções, decidimos ir conhecer o Coliseu. Fizemos uma parada numa padaria antes (muito boa, por sinal), pegamos o ônibus até a estação e entramos no metrô. A estação (Ananigna) era a última da linha principal de Roma. Descemos na estação Términi, que é onde as duas linhas de metrô se encontram e também onde fica a estação de trem, e pegamos a outra linha até a estação Coliseu. Me arrisco a dizer que foi o metrô mais lotado que eu já peguei. E não custa lembrar que estávamos com malas. Toneladas. E sem dormir! O dia tinha tudo pra ser péssimo. Teoricamente.

Enquanto subíamos as escadas da saída do metrô e o Coliseu crescia, aos poucos, à nossa frente, todo o stress foi sendo substituído por uma alegria inexplicável. Não acho que foi o monumento que eu mais gostei de conhecer, mas por algum motivo foi o que me deu a melhor sensação. Alguns dias antes, em Barcelona, tivemos uma discussão sobre a teoria de que a melhor sensação que um ser humano pode ter é o alívio. Não sei se é verdade, mas eu lembrei disso antes de terminar os degraus.


Primeira visão do Coliseu

Local onde eu li meu livro enquanto a Nany dormia :)
A partir daí, o dia parecia outro. Andamos em volta do Coliseu, subimos e descemos escadas, passamos por algumas feirinhas, e tudo carregando as malas. Na hora do almoço, comemos pizza num restaurante que fica bem de frente pro Coliseu, do alto. A pizza era daquelas prontas que vendem por pedaço em padarias, mas estava muito boa. Depois sentamos numa calçada, conversamos um pouco e a Nany dormiu, ainda com o Coliseu no fundo. Eu peguei o segundo livro da série Hunger Games da mala e li vários capítulos enquanto esperávamos a hora do check-in.

Fizemos todo o caminho de volta (dois metrôs, ônibus, caminhada), fizemos o check-in e amamos o hostel, apesar da distância. O maior problema foi a dificuldade pra achar, mas depois que sabíamos o caminho e qual ônibus pegar, ficou fácil. Uma coisa me impressionou, pois de todas as cidades que fiquei, esse hostel foi o único: além da internet, os quartos tinham tablets sem custo adicional! Tá, eu nem usei, mas achei no mínimo curioso.

À noite, mais uma curiosidade: eu saio andando pelo bairro em busca de um mercado pra comprar algo pra comer, e quando entro me deparo com 90% dos corredores só de massas – macarrão, principalmente. Eu lembrei de um dia, na minha república em São Carlos, que uma mulher disse pro Sílvio Santos que ia pra Itália e ele retrucou instantaneamente: “Vai comer macarrão!?”. Na hora nós achamos engraçado por ser um estereótipo exagerado. Talvez não tenha sido tão exagerado, afinal.

Piazza San Pietro
No dia seguinte (sábado, 29/12), acordamos cedo e pegamos o metrô até o Vaticano. Demos uma volta pela Piazza San Pietro e chegamos a pegar a fila pra entrar na Basílica, mas desistimos depois de calcular que ela demoraria horas. Depois andamos até o Castel Sant'Angelo, atravessamos o Rio Tibre na Ponte Sant'Angelo e paramos para almoçar o melhor prato que comemos em toda a Itália: o Gnocchi Primavera, além de uma deliciosa Bruschetta (pão com tomate, basicamente) de entrada!


Fontana di Trevi
Passamos a tarde andando pelo centro histórico de Roma, passando por quase todos os pontos turísticos: Piazza Navona, Pantheon, Fontana di Trevi, Piazza di Spagna e Piazza del Popolo, além de algumas praças e monumentos que encontramos "acidentalmente" e eu nem sei o nome. Eu achei tudo fantástico. Diz a lenda que quem joga uma moeda na Fontana di Trevi (que é uma fonte, como o próprio nome diz) volta um dia para Roma. Eu joguei, e tudo indica que estarei lá novamente no dia 4 de abril - mais detalhes da minha próxima viagem de férias em breve :)

Bruschetta: a entrada de todas as nossas refeições :)
À noite, íamos jantar com uma amiga minha que também estava em Roma, mas ela acabou não indo e fui sozinho com a Nany. Comemos num restaurante no centro, e quando nos demos conta do horário, saímos correndo para não perder o último metrô, que teoricamente fecharia meia noite, segundo o garçom do restaurante. No desespero, subimos num ônibus que parecia que ia até a estação, pois tínhamos um ticket que podia ser usaro em qualquer transporte público o dia inteiro. Quando percebemos que o ônibus estava indo para o outro lado, descemos e pegamos outro, e a situação ficou ainda pior. O ônibus saiu da cidade e começou a pegar ruas escuras sentido fim do mundo. Sem mais o que fazer, esperamos ele chegar no ponto final e voltar - o que demorou mais de uma hora. Quando finalmente chegamos na estação do metrô, já era 1:20 da manhã, e para a nossa surpresa o metrô ainda estava funcionando!

Acordamos tarde no domingo (30/12), passamos por mais uma praça (essas pracinhas familiares que adoramos ficar sentados fazendo nada) e esperamos dar o horário do trem para Florença, que é o nome em português da cidade também conhecida por Firenze.

Firenze

Chegamos por volta das 16h e fomos andando para o hostel guardar as malas. Mesmo sem ter nenhum mapa da cidade e já estando escurecendo, saímos na direção do centro, seguindo o fluxo e as luzes. A cidade estava lotada de feirinhas por todos os lados. Andamos por quase todas as ruas do centro, jantamos e voltamos pro hostel.

Infelizmente nossa passagem por Firenze foi bem curta. Ficamos apenas 1 dia, mas foi suficiente pra ver (correndo) no dia 31/12 os pontos principais: a Ponte Vecchio e o Duomo. O Duomo é muito bonito, mas o que eu mais gostei foi a ponte, que possui casas e lojas em cima dela, como vocês podem ver na foto ao lado.

Ponte Vecchio

Ficou faltando a Piazzale Michelangelo, onde dizem ter a vista mais bonita da cidade, e a famosa Torre de Pisa na cidade vizinha (Pisa), que daria pra ir e voltar de ônibus no mesmo dia se tivéssemos mais tempo. Pegamos o trem no final da tarde para Verona, fazendo uma escala de 20 minutos numa cidade chamada Padova. O segundo trajeto dessa viagem (Padova-Verona) estava com a primeira classe no mesmo preço que a segunda, para minha surpresa. Como não sou besta, viajamos de primeira classe, num vagão vazio, com direito a refrigerante e amendoim, e chegamos com estilo na cidade onde passaríamos o reveillon - uma noite que ficaria marcada para sempre :)

Verona

A estação de trem de Verona é um pouco mais afastada do centro, então tivemos que pegar um ônibus que passava na frente do nosso hostel. No caminho, o ônibus passou na frente de uma praça onde estava sendo montado um palco para o show do reveillon. Chegamos no hostel e pegamos a chave escondida na caixa de correios (conforme informado pelo dono por e-mail). Entramos, nos trocamos e saímos andando para a praça, chamada Piazza Bra.

Gnocchi di ricotta al tartufo
Como ainda era cedo, o lugar ainda não estava lotado, apesar do palco já estar montado. Nessa praça fica a Arena di Verona, que é uma arena mais antiga que o Coliseu, de Roma, porém menor e menos famosa. Eu ainda estava em dúvida se faria o pedido naquela noite ou nos dias seguintes, mas me decidi assim que vi aquela arena. Demos uma volta na arena e na praça, olhando os cardápios dos restaurantes, e escolhemos um lugar para jantar. Pedimos um gnocchi di ricotta al tartufo (nhoque com massa de ricota com um tempero italiano chamado tartufo, que dizem ser muito bom). Não tenho palavras pra descrever o sabor desse prato... Mas o mais perto que consigo é: horrível!!! hahahaha, comemos menos da metade e saímos :(

Pose para o desenho
Voltamos pra praça, que já estava um formigueiro. O show já tinha começado, fomos pro meio da galera e ficamos um tempo assistindo. Quando era quase 23h, eu falei pra Nany que queria ligar pra minha mãe e fomos para longe da multidão, do lado da arena. Eu tentei ligar, mas meu celular estava sem sinal - juro que essa parte não foi planejada! Tiramos algumas fotos enquanto esperávamos o sinal voltar, e então eu peguei do bolso uma caneta e um papel (o verso do nosso mapa de Verona), falei pra Nany ficar de pé perto da Arena e comecei a desenhá-la: http://sketchtoy.com/23083277

Primeira reação: "Que lindo! O que é isso na sua mão, um cadeado?"
Ok, eu admito que o desenho no papel não ficou perfeito, mas foi por falta de cores na caneta e por estar nervoso e com as mãos começando a tremer. De fato, ficou parecendo um cadeado, como vocês podem ver na foto abaixo. Mas eu não respondi, apenas tirei as alianças do bolso.

Segunda reação: "O que você ta fazendo?"
Esse foi o momento que ela ficou nervosa e sem saber o que falar. "Estou te pedindo em casamento", eu disse. Ela disse "sim" sem pensar, mas continuou muito nervosa, perguntando o que os pais dela iam achar. Então eu disse que eu já havia contado pra eles, e que todos das duas famílias já sabiam, além de alguns amigos.

Terceira reação: o choro!
Foi aí que caiu a ficha. Colocamos as alianças, tiramos fotos e ficamos sentados nas escadas. Percebemos que tudo isso aconteceu do lado de um poste de luz, que é de certa forma uma ironia, pois começamos o namoro em um ponto de ônibus :)

Versão original do desenho

Tomamos um sorvete italiano, ligamos para as famílias e voltamos para a multidão para esperar os últimos minutos de 2012. O show foi muito legal, inclusive com algumas músicas brasileiras. Depois da contagem regressiva, a surpresa: os fogos foram montados em cima da arena. Foi tudo muito bonito, curtimos cada minuto, fiz vídeos e tirei incontáveis fotos dos fogos em busca de uma bonita. Foi tudo inesquecível.

Feliz ano novo!

Voltamos andando para o hostel e tiramos as alianças, pois a dela ficou larga e tivemos que trocar.

Casa da Julieta
Terça-feira, 1° de janeiro de 2013. Tomamos um ótimo café da manhã no hostel - tudo disponível na cozinha a qualquer hora do dia - e saímos para conhecer Verona, a cidade palco da história de Romeu e Julieta. O primeiro lugar que passamos foi a casa da Julieta. A entrada possui as paredes forradas de chicletes e com nomes de casais que passaram por lá. Passando por essa entrada, tem uma área aberta onde tinha uma árvore de natal, um portão com infinitos cadeados com mais nomes de casais, uma loja de souvenir e a entrada para a casa propriamente dita, embaixo da famosa varanda da Julieta. Como o lugar estava muito lotado, deixamos pra entrar depois. Dizem que existe também a casa do Romeu, mas ela é propriedade privada e portanto não atrai turistas.

Arena di Verona
Seguimos a mesma rua, Via Capello, até uma feira na Piazza dei Signori, onde fica a Torre dei Lamberti. Depois fomos novamente até a Piazza Bra para ver a Arena durante o dia. Almoçamos num restaurante lá perto, pedimos uma caipirinha brasileira, que veio com canudos verde e amarelo e acompanhada com pipoca e azeitonas. Depois entramos na Arena, que era bem mais barata que o Coliseu, e ficamos admirando a vista do alto enquanto escurecia. Passamos novamente pelo poste que marcou o início do nosso noivado, tiramos algumas fotos e fomos para o hostel.


No dia seguinte (quarta, 02/01), voltamos para a casa da Julieta, dessa vez para entrar. A casa é um museu com vários objetos que pertenceram à verdadeira família Capuleto, a qual inspirou a história de Shakespeare. Deixamos nossos nomes em todos os lugares que tínhamos direito, inclusive no caderno de visitas, no sistema de "e-mails para a Julieta" e em um cadeado no portão.

Livro de visitas da casa da Julieta

Tumba da Julieta
Depois atravessamos a cidade procurando a tumba da Julieta. Esse foi o primeiro dia de toda a viagem que choveu - e choveu o dia inteiro. A tumba fica em um outro museu e não atrai tantos turistas quanto a casa - é só uma tumba, meio sem graça, e se soubéssemos que era só isso e tão longe, talvez nem iríamos. Enfim, deixamos nossos nomes na parede também, e começamos a andar de volta pro centro.




Castelvecchio e Ponte Scaligero
No caminho, passamos pelo Castelvecchio, um castelo na margem do rio Adige, atravessamos a Ponte Scaligero e seguimos a margem do rio, vendo de longe o Duomo di Verona e o Teatro Romano. O frio e a chuva não nos deixou empolgados para ir até eles, então seguimos mesmo para o hostel. Descansamos um pouco, pegamos as malas e fomos para a estação para pegar o trem das 19:05 para a última cidade da Itália.


Milão

Chegamos por volta das 20:30 e pegamos o metrô para o nosso hostel, que tinha um estilo totalmente diferente dos anteriores. Enquanto os hostels de Roma, Firenze e Verona eram muito caseiros e tranquilos, o de Milão era mais parecido com um hotel mesmo, com vários andares, quartos e tudo mais. Aliás, tive a mesma impressão da cidade, o que não me surpreendeu, pois Milão não é conhecida por ser uma cidade histórica, e sim pelo "glamour". Antes de dormir, comi o meu primeiro kebab, uma carne muito famosa aqui na Europa, que compramos em um restaurante lá perto.

Duomo
Na quinta (03/01), como se não estivéssemos cansados de ver Duomos, fomos conhecer o de Milão, que é o point da cidade. Ele é imenso e muito bonito, mas só isso. Deve ter uma vista bonita do alto, mas não quisemos pagar pra subir. Demos uma volta pelas redondezas, por longas ruas com lojas chiques, tomamos um sorvete, e só, o dia acabou.




Chocolate quente no parque :)
No nosso último dia de Itália (04/01), fomos para o Giardini Publicci, um parque bonito onde estava tendo mais uma feira de Natal. Tomamos um chocolate quente, andamos pelos jardins e passamos um pouco de frio. Depois fomos para o Castello Sforzesco, e chegando lá descobrimos que o castelo é só um complexo de museus. Como não gostamos de museus, ficamos sentados esperando dar a nossa hora. Voltamos para o hostel, pegamos as malas e pegamos um ônibus para o aeroporto de Bergamo, que fica a 1 hora do centro de Milão. Às 19:50 nos despedimos da Itália, o lugar que passei os melhores momentos, não só dessa viagem, mas de todas as minhas viagens aqui na Europa. Ainda bem que joguei a moeda na fonte de Roma, porque com certeza quero voltar :)

30 meses com ela

Hoje é dia 22/02 - pois é, demorei 15 dias pra terminar de escrever esse post. Muita coisa já aconteceu desde aquele dia, mas acredito que conseguirei escrever sobre tudo em um único post. Quanto à viagem de férias, ficou faltando apenas Paris, pois eu resolvi deixar esse post apenas para a Itália.

E não há um dia melhor para terminar de escrever sobre a Itália. Hoje eu comemoro 2 anos e meio de namoro com a Nany, e não tenho palavras pra definir a felicidade que ela me traz. Desde o dia 22 de agosto de 2010, naquele ponto de ônibus, eu posso dizer que sou outra pessoa. E é por isso que afirmo com toda a certeza do mundo que é com ela que quero passar o resto da minha vida.

Te amo :)

12 de fev. de 2013

Barcelona

Bom dia!

Primeiramente, eu queria agradecer a todos vocês pela marca de 1000 (mil) visitas no blog! Eu nunca teria conseguido sem vocês! hahahaha

1000 visualizações!

Eu sei que é pouco pra um blog, mas a média de 75 visualizações por post está bem acima do que eu esperava. Muuuito acima! Isso faz eu me perguntar: quem são vocês? Com exceção de algumas poucas pessoas, eu não faço ideia de quem está lendo o que eu escrevo. E eu gostaria de saber! Então se vocês puderem deixar um comentário aqui ou no Facebook, ou mesmo uma mensagem privada porque você tem vergonha de admitir publicamente que lê um blog chamado "Traga-me o presunto", eu agradeço! =D

Secundariamente, eu queria agradecer ao Nelson e ao Suetônio por terem nos hospedado em sua humilde residência em L'Hospitalet de Llobregat (Barcelona)! Thanks <3

Bom, agora vamos ao que interessa. Eu já escrevi mais do que tem nesse post, mas resolvi enviar só a parte de Barcelona pra não ficar muito tempo sem postar e não deixar o próximo post muito grande. Mas em vão, porque vai ser grande anyway.

Barcelona

Apartamento do Nelson
Depois do meu único dia de “descanso”, eu e o Daniel pegamos um voo de Birmingham pra Barcelona. Foi a minha primeira viagem saindo direto de Birmingham, e até que gostei do aeroporto, apesar de ser bem pequeno. Eu já tinha comprado a passagem de Barcelona pra Itália no dia 28/12, e como tínhamos lugar pra ficar na casa do Nelson, compramos a passagem para Barcelona mais barata que encontramos, que era no dia 17. Com 11 dias pra conhecer a cidade, não fizemos quase nada até o dia 21/12, o dia do fim do mundo que a Nany chegou. Fomos apenas em um shopping, num snooker bar, numa festa (onde bateram no meu braço quando eu fui olhar a hora, meu celular caiu no chão e rachou a tela) e no must-go da Espanha, o “100 Montaditos”. O resto do tempo passamos em casa, provavelmente assistindo partidas profissionais de Snooker na TV.

Ela :)
Como o mundo não acabou, busquei a Nany no aeroporto e tentamos ir para uma festa à noite. Conheci o Joel, um espanhol que morou um tempo na minha república, no Brasil, depois que eu já tinha vindo pra cá. Ele mora em Mataró, uma cidade do lado de Barcelona. Acabamos enrolando demais e demorando para comer, e quando finalmente íamos entrar na festa (umas 3 da manhã), ela estava lotada e a do lado era muito cara. Decidimos abandonar e voltar pra casa.



Rodízio de comida japonesa e laranjas
No dia seguinte (sábado, 22/12), acordamos tarde e acabamos não fazendo quase nada durante o dia. À noite, fomos a um rodízio de comida japonesa: eu, Nany, Daniel, Nelson, Mato Grosso (mais um morador da minha república, que está em intercâmbio na Espanha, e era o aniversariante da noite) e Raquel (sua namorada). O restaurante era diferente dos outros que eu já tinha entrado (mas já tinha visto outros do tipo). Do lado das mesas tem uma esteira por onde passam os pratos, basta pegar o que quiser e comer. Mas o que surpreendeu foi a variedade das comidas: além da comida japonesa, tinha vários tipos de doces, frutas e até danone!


Mega sistema de lixo de Barcelona
No domingo (23), finalmente saímos para conhecer a cidade. Começamos por um parque chamado Parc Güell, que fica bem no alto e tem uma arquitetura interessante feita pelo arquiteto Gaudí – aliás, aparentemente a cidade toda foi projetada por esse cara. No caminho, encontramos as lixeiras do mega sistema subterrâneo de lixo: os sacos são sugados pra baixo da terra e viajam automaticamente pra um depósito de lixo. Esse sistema cobre, teoricamente, 70% de Barcelona. O Nelson mora lá há meses, e essa foi a primeira vez que ele viu um...


Paella de arroz negro
Depois do parque, pegamos o metrô até a praia, onde caminhamos um pouco em busca de um restaurante barato para experimentar um dos pratos típicos da Espanha: a paella de arroz negro. Finalmente achamos (ou desistimos, porque ela não era tão barata, actually) e comemos. Tive a mesma conclusão da paella e da praia: bom, mas nada especial. A paella valenciana de Madrid e a praia de Aveiro eram bem melhores!



 
Segunda, dia 24, véspera de Natal. Conhecemos mais um pouco da cidade (um shopping na Plaça d'Espanya e o Museu Nacional d'Art da Catalunya, só por fora) durante o dia e ficamos em casa à noite. A Nany fez a especialidade dela: o melhor strogonoff que eu já comi! Comemos com arroz, batata, uma salada também muito boa e, é claro, Coca! Também compramos um champagne barato e horrível que inchava a barriga com um único gole. Para a sobremesa, frutas com Nutella! Enfim, tivemos um Natal bem divertido =)

Strogonoff, nutella e champagne

Sagrada Família
Terça (25) fomos ao que deve ser o principal ponto de Barcelona: a Sagrada Família, uma igreja que está sendo construída há bilhões de anos e nunca vai ser terminada. Diz a lenda que parte dela foi projetada por Gaudí e outra parte por outro arquiteto, e por isso ela tem detalhes e acabamentos diferentes de cada lado. Ela é imensa, e pelo nível de detalhamento entende-se o porquê dos bilhões de anos. As construções já fazem parte da paisagem.



Arco do Triunfo
Depois andamos pela La Rambla, uma avenida muito bonita, e entramos no bairro gótico. Essa foi a parte da cidade que eu mais gostei. Apesar de ser um lugar simples, as pequenas e simpáticas ruas me lembraram muito das ruas de Toledo, e finalmente tive a sensação de que eu estava na Espanha. Pois é, às vezes coisas fantásticas me desapontam e coisas simples me apaixonam...




100 Montaditos
Não lembro de quase nada do dia 26, só sei que fomos de novo no 100 Montaditos, porque quarta é dia de 100 Montaditos! No dia seguinte, combinamos com o Joel de ir até Mataró pra sair com ele, mas compramos o ticket zona 2 do metrô, e a cidade fica na zona 3. Depois de muitas contas e muita discussão sobre o que fazer, decidimos que ia ficar muito caro comprar outro (até porque era mais caro), voltamos pra casa e o Nelson disse que comprava esses tickets para usar na zona 1 mesmo. Só que não, porque os tickets ficaram comigo!

Voltamos pra casa, comemos pizza de forno e brigadeiro, fizemos as malas e dormimos umas 2 horas. Eu e a Nany saímos de madrugada, pegamos o ônibus noturno pro aeroporto e esperamos até a hora do nosso voo.

Destino: Itália!

PS: Eu percebi que estou usando muitas expressões em inglês aqui, porque é a primeira coisa que vem na cabeça e a tradução não fica legal ou parece que não transmite exatamente o que eu quis dizer. Sorry about that! =D