21 de abr. de 2013

Paris, Lisboa, Dublin e cidades do UK


Bom dia!

Terminei o último post (2 meses atrás) contando o final da minha viagem de férias em dezembro. Eu parei de escrever em Milão, de onde pegamos um voo para Paris.

Paris

Chegamos em Paris na noite do dia 4/1 e fomos direto pro hostel - que foi um dos piores que eu já fiquei, diga-se de passagem, e não tinha nem tomada nos quartos. Saímos para conhecer a cidade no dia 5 (sábado), começando pelo Louvre (que não entramos), passando pelo Arco do Triunfo e seguindo pela avenida Champs-Élysées até a Torre Eiffel - que mal dava pra ver por causa da neblina.

Louvre
Não entramos no Louvre porque estávamos com pouco tempo e não somos fãs de museus, mas gostei muito da famosa pirâmide de vidro, que aparece no filme Código da Vinci. Gostei ainda mais do Arco do Triunfo, que fica no centro de uma rotatória tão movimentada que o acesso a ele é por passagens subterrâneas. Os prédios em volta, todos com o mesmo estilo e mesmas cores, além das "árvores de inverno" totalmente nuas, formavam uma vista muito bonita. Aliás, a cidade toda é assim, e isso foi o que eu mais gostei de Paris.


Torre Eiffel

Meu bolo :)
Domingo (6/1) foi o último dia da nossa viagem, e também o meu aniversário. Fomos conhecer a Catedral de Notre-Dame de manhã e almoçamos num restaurante lá por perto. De sobremesa, pedimos um mousse (muito bom!) que serviu como o meu bolo :) À tarde continuamos andando pela cidade, passando pelo Pantheon e pelo Jardim do Luxemburgo. Pensamos em ir novamente até a Torre Eiffel, mas acabamos desistindo no meio do caminho. Uma curiosidade: mais tarde, fiquei sabendo que o Lucas (ex-jogador do São Paulo, que foi vendido recentemente ao PSG) esteve na Torre Eiffel nesse dia; eu estava com a camisa do São Paulo, e confesso que ia gostar muito de ter encontrado com ele bem no meu aniversário xD hahaha.

Levei a Nany até a estação onde ela pegou um ônibus pro aeroporto, onde nos despedimos temporariamente. Eu também pegaria um ônibus no mesmo lugar, mas bem mais tarde. Peguei os metrôs de volta para o hostel (aliás, Paris é a cidade com mais linhas de metrô que eu já vi - o mapa é imenso!), fiquei na área comum usando a internet por algumas horas e voltei para a estação na hora do meu ônibus. Passei as últimas horas do meu aniversário começando uma viagem de ônibus de 12 horas. O ônibus pega uma balsa para o Reino Unido, onde todos são obrigados a descer do ônibus e ficar em um dos 3 andares de lojas e cafés que tinha na balsa. Cheguei quase na hora do almoço do dia 7, o meu primeiro dia de aula, e inclusive perdi as primeiras! Aproveitamento do tempo de férias maior que 100% :)

Birmingham: um resumo dos últimos 3 meses

Antes de falar das próximas viagens que eu fiz, vou fazer um resumo de tudo que aconteceu aqui em Birmingham nesse semestre. Eu me mudei para o famoso Flat 18 (o que só tem brasileiros), aproveitando que abriu uma vaga lá. Depois dessa pequena viagem de 1 mês, a primeira semana de aula foi bem cansativa, mas voltamos empolgados para fazer novas atividades. Passei a ir ao cinema com mais frequência do que no semestre anterior, que é uma coisa que eu sentia falta do Brasil.

Logo na primeira quarta-feira (dia 8/1) eu quase fui, mas decidi ficar quando descobri que a galera comprou um bolo e fez uma festa surpresa de aniversário pra mim. Todos os brasileiros aniversariantes desde outubro tiveram festas surpresas, mas mesmo assim eu não desconfiei - talvez porque eu não estava em Birmingham no dia 6 e achei que fossem deixar passar. Aliás, esse foi o terceiro bolo surpresa que recebi, mas o primeiro que pude comer. No dia anterior, minha mãe comprou um bolo em Bauru e meu irmão comprou outro em São Carlos. Eles e a Nany me chamaram pra um hangout no Google+ e fizeram a surpresa :D

Uma das vezes que eu realmente fui, fomos no cinema mais antigo do Reino Unido. Ele é bem pequeno, mas muito interessante. Algumas cadeiras possuem mesinhas (mais caras) e podemos levar qualquer coisa, como lanches, comida ou vinhos. Eles vendem várias coisas e ouvi dizer que possuem até garçons, apesar de não ter visto nenhum.

Logo nas primeiras semanas começamos a ir na academia (que já estava paga desde setembro, pois o único método de pagamento é anual, mas não tínhamos ido nenhuma vez ainda), jogar futebol uma vez por semana e squash cerca de duas vezes por semana, que é tipo um tênis contra a parede. No dia do amistoso da seleção brasileira contra a Inglaterra, em Londres (6/2), fizemos um pré-jogo de brasileiros contra ingleses aqui. Nosso time era taticamente e tecnicamente inferior e eles se reuniram secretamente para planejar a tática (com direito a quadro branco), mas nada supera a raça e o sangue brasileiro xD Ganhamos de virada (não lembro o placar) num jogo muito emocionante. Assistimos o jogo de verdade no Social Centre, onde tinha mais brasileiros do que ingleses (penduramos nossas bandeiras nas paredes), e infelizmente a seleção de verdade perdeu... mas nós fizemos a nossa parte :P

Em janeiro eu conheci a neve de verdade. Não aquela tempestade de neve que parecia um furacão da Serra da Estrela, em Portugal, ou o chão congelado de Glasgow ou aqueles floquinhos que pareciam isopor de Edimburgo, na Escócia. Finalmente começou a nevar de verdade, aquela neve fofinha que eu sempre quis conhecer, onde dá pra fazer guerra de neve e a perna afunda até a metade da canela. E eu simplesmente amei :) As casas ficaram mais bonitas, a cidade ficou mais bonita, a Universidade ficou demais! Não é tão ruim quanto a chuva, e ao contrário do que muitos dizem, eu não passei a gostar menos da neve com o passar do tempo - eu só não gostei quando tivemos que cancelar futebol por causa dela! No primeiro dia fizemos uma guerra de neve. A ideia era fazer um boneco, mas enquanto esperávamos as pessoas, eu e um amigo começamos a jogar neve, e as pessoas que chegavam entravam na brincadeira. Atacamos meus antigos flatmates e invadimos o flat deles jogando neve, e eles saíram e participaram também. No final, tinha muita gente que eu nunca vi na vida lá fora guerreando com a gente também! Foi um dia inesquecível :)

The Spinney durante o dia, University of Birmingham,
rio congelado do lado da estação de trem e The Spinney à noite, respectivamente

Mais recentemente (fevereiro), participamos de uma guerra de paintball entre duas das acomodações da Universidade. O lugar era legal e bem grande, mas apesar de ter ficado lá cerca de 5 horas, nós jogamos muito pouco, porque tinha pausas muito longas entre os rounds. Acho que gostei mais do paintball de São Carlos. Fomos também em um rodízio brasileiro, mas dessa vez um mais chique que o primeiro, que fomos em dezembro. Apesar de caro (gastei quase 40 libras no total), a comida era muito boa e a carne foi a melhor que eu comi desde que saí do Brasil.

Durante esses 3 meses, fiz algumas viagens pelo Reino Unido, uma para Portugal e uma para a Irlanda. Pra tentar deixar o blog em dia, vou falar bem rapidamente sobre elas e entrar em detalhes só nas mais importantes.

Hogwarts

No dia 27/1 fizemos uma excursão da Universidade para o "The Making of Harry Potter - Warner Bros Studio Tour", um museu/tour pelos cenários reais dos filmes do Harry Potter, em Londres. O lugar é incrível e, além de vários cenários, o museu possui diversos objetos usados nos filmes, como varinhas, vassouras, roupas, as peças de xadrez, o vira-tempo, a Pedra Filosofal, o diário de Tom Riddle, o Mapa do Maroto, etc.

Harry Potter Studios

O museu também mostra algumas fases da produção do filme, como desenhos e maquetes dos cenários, e demonstra o uso de algumas tecnologias no filme. A complexidade da produção do filme é imensa! Cada pequeno objeto no fundo de um cenário é planejado e construído, um a um, especificamente para aquela cena. Enquanto alguns efeitos são computadorizados, outros são puramente mecânicos, e verdadeiros robôs são criados para fazer cenas como, por exemplo, a do livro dos monstros.

O tour é fantástico e valeu a pena cada centavo gasto. Como imagens dizem mais que palavras, quem se interessar pode ver as fotos no meu Facebook :)

Cambridge, Birmingham e Lisboa

No começo de janeiro, a Nany, que estava fazendo um intercâmbio em Portugal, veio para a Inglaterra fazer um curso de inglês de 2 semanas em Cambridge antes de voltar para o Brasil. Ela chegou no dia 12/1 no Stansted Airport, em Londres, e eu fui buscá-la. Peguei um trem durante a madrugada e teria que esperar quase 3 horas em uma estação de trem em Londres, mas quando cheguei descobri que ela fechava durante a madrugada. Tive que esperar na rua, sozinho e de madrugada, e estava chovendo. Por sorte ali perto tinha um McDonalds aberto, mas a parte com os bancos estava fechada (de madrugada eles funcionam só "para viagem"), então tive que esperar de pé - pelo menos estava quentinho. Fui com a Nany para Cambridge e passei o fim de semana lá. Fui com ela nos mesmos lugares que eu tinha visitado da primeira vez que fui, além de procurar a escola de inglês e a casa de família onde ela ia ficar.

Na semana seguinte foi ela que veio me visitar em Birmingham, mas só por um dia (19/1). Levei ela no centro, que é o único lugar que eu conheço de Birmingham, e na Universidade. Passamos na loja para buscar a aliança que deixei para trocar (a dela tinha ficado muito larga) e começamos a usar :) Depois das duas semanas de aula dela (26/1), fui novamente até o Stansted Airport me despedir. Encontrei ela bem cedo no aeroporto e passamos a manhã lá, até a hora do voo dela.

British Airways
Duas semanas depois, chegou o dia do voo dela de volta para o Brasil, e eu fui para Lisboa passar o último fim de semana com ela. Peguei um ônibus para o Heathrow, onde escrevi o começo do post sobre a Itália aqui no blog, e peguei um voo para Lisboa - depois de 7 voos de Ryanair, finalmente um avião decente: British Airways, porque a Ryanair não vai direto pra Lisboa e o trem até lá deixaria essa opção mais cara. Cheguei em Lisboa, fui para o hostel, deixei minha mala e fui para a estação de trem esperar a Nany, que estava vindo de Coimbra. Na sexta (8/2), não fizemos nada além de andar um pouco ali por perto e dormir cedo, pois eu tinha passado a noite no aeroporto e estava muito cansado.

Torre de Belém
No sábado (9/2), pegamos o trem para Belém, onde tem a famosa Torre de Belém, e também a origem do pastelzinho de Belém. No caminho para a torre pela margem do rio Tejo, encontramos uma outra pequena torre e eu achei que fosse ela! Hahaha. A verdadeira torre é a da foto ao lado. Na volta passamos na frente do lugar que vende o verdadeiro pastelzinho de Belém, mas a fila estava imensa. Comemos em outro lugar e fomos embora.


À noite decidimos ir no cinema, pois é um programa que gostamos muito no Brasil, não fomos juntos nenhuma vez aqui na Europa e não iríamos pelo menos pelos próximos 7 meses. Procuramos no mapa o mais próximos, pegamos o metrô, atravessamos uma praça bonita que eu não sei o nome e encontramos um famoso shopping/supermercado espanhol: El Corte Inglês. Eu já tinha visto alguns e achei bem grandes, mas esse realmente me surpreendeu: X andares, sendo quase metade subterrâneos! Encontramos o cinema em um deles, comprei a pipoca mais cara da minha vida e entramos no melhor filme disponível: "Guia para um final feliz" (?), que realmente foi bem legal. Compramos um saquinho de arroz e jantamos no hostel com o resto do bacalhau do almoço :)

No bondinho :)
Domingo (10/2) foi o último dia da Nany na Europa, e até o céu chorou :( Andamos pelo centro procurando um lugar para almoçar e depois resolvemos tentar chegar em um castelo que fica no topo de um morro. Escolhemos uma rua qualquer que parecia subir e seguimos naquela direção. Depois de passar por ruas estranhas, becos e escadas macabras (que me lembraram muito as escadinhas de Porto), encontramos o castelo - ele não parecia um castelo por fora (nenhuma foto legal) e achamos muito caro para entrar, então simplesmente resolvemos descer! Pelo menos conseguimos fotos da cidade de cima do morro! Depois de descer, decidimos andar no famoso bondinho de Lisboa. Entramos em um circular (que dá uma volta pela cidade e volta no mesmo ponto), e... surpresa: passamos na frente do castelo de novo!

Depois do passeio de bondinho, paramos pra comer algo e voltamos pro hostel. Secamos um pouco os pés, pegamos as malas e fomos para o aeroporto. O voo da Nany foi no domingo à noite, e o meu na segunda de manhã. O aeroporto de Lisboa é bem grande, não muito frio e com alguns lugares bons para dormir. Eu nunca consigo dormir em aeroporto, e essa não foi diferente. Metade de mim tinha acabado de ir embora... Foi a noite mais longa.

Eu e minha metade

Nottingham, Oxford e Liverpool

Entre as duas viagens mais importantes (Lisboa e Dublin), fiz outras 3 daytrips pelo Reino Unido.

Robin Hood
No dia 16/2 (sábado), eu, o Teo, o Rodrigo e o Victor pegamos um trem para Nottingham, a cidade do Robin Hood. Fomos primeiro para o Deer Park, um dos pontos turísticos da cidade, que é um grande parque que teoricamente tem alguns veados soltos (mas não vimos nenhum) e possui um museu. Depois andamos um pouco pelo centro e fomos para o castelo de Nottingham, que possui uma estátua do Robin Hood. Tentamos fazer um tour pelas passagens subterrâneas do castelo, mas não tinha mais horários disponíveis naquele dia. Saímos do castelo e fomos para o pub mais antigo da Inglaterra. Descansamos um pouco e fomos jogar algumas partidas de sinuca enquanto esperávamos o trem de volta :D

"Dogs worrying deer are liable to be shot"

Oxford
Duas semanas depois (2/3) foi a vez de Oxford, por mais uma excursão da Universidade. Pegamos o ônibus de manhã, chegamos lá e saímos andando por conta própria. O dia foi bem parecido com o da minha primeira viagem para Cambridge: um dia frio, vários prédios antigos de colégios e universidades, almoço no McDonalds e um museu quentinho pra passar o tempo!



St James' Park
Finalmente, conheci Liverpool no dia 14/3, uma quinta-feira. Depois de pesquisar muitos voos para passar o St Patrick's Day em Dublin, o mais barato que eu achei foi saindo de Liverpool na sexta de manhã. Como não dava tempo de pegar trem de manhã, tive que passar a noite no aeroporto, então decidimos (eu e o Guilherme) ir cedo para Liverpool e aproveitar para conhecer a cidade. Chegamos sem saber nada sobre a cidade e fomos procurar a Catedral, que lembramos do Murilo falando que era a maior Catedral do Reino Unido. Apesar de ver ela de longe, foi bem difícil achar a entrada e tivemos que dar algumas voltas. Quando chegamos perto, ela estava fechada, mas valeu a pena - ela era tão grande que não coube inteira na foto. Do lado da Catedral tinha o St James' Park, uma combinação meio estranha de jardim e cemitério, onde as pessoas levam seus cachorros para passear e brincar. Mas o mais estranho foram os túmulos no túnel da entrada!

Titanic
Depois decidimos andar até a margem do rio Mersey. Andamos por ela até encontrar o Albert Dock, que era um complexo de docas, lojas, restaurantes e museus construídos em cima da água e coincidentemente foi o outro lugar que o Murilo tinha falado. Antigamente, o complexo era a doca mais importante de Liverpool, e foi bombardeado diversas vezes durante a Segunda Guerra Mundial. Os museus eram dois dos pontos turísticos mais famosos de Liverpool: o museu dos Beatles e o do Titanic. Escolhemos entrar apenas no segundo, pois nenhum de nós dois é fã dos Beatles. O museu é completo, muito interessante (e olha que eu não gosto de museus) e conta toda a história do porto de Liverpool, incluindo três naufrágios - entre eles o Titanic. Outro navio do museu, que saiu de Liverpool e afundou, foi o Lusitania, um navio de passageiros que foi atingido por um torpedo na Segunda Guerra Mundial. Os alemães alegaram que o navio estava transportando armas. Aliás, o porto de Liverpool foi um alvo constante durante a guerra, e o museu mostra um mapa com todos os pontos bombardeados na cidade e navios mercantes derrubados por U-Boats.

Saímos muito satisfeitos do museu, passamos pelo The Cavern, um pub famoso de Liverpool, e depois fomos para outro mais perto do ponto de ônibus só pra passar o tempo. Pegamos o ônibus para o John Lennon Airport e esperamos chegar a manhã seguinte. Eu não dormi quase nada, pra variar - menos de 2 horas, somando todos os cochilos não-contínuos. Passamos pela segurança do aeroporto por volta das 5 da manhã, e já vimos algumas pessoas bebendo cerveja antes mesmo de pegar o voo para o St Patrick's Day em Dublin :)

Dublin

Coral no aeroporto de Dublin
Chegamos bem cedo no aeroporto de Dublin (sexta, 15/3), achamos um lugar confortável e dormimos mais um pouco enquanto esperávamos o Teo, que chegaria um pouco mais tarde em um voo vindo direto de Birmingham. Acordamos na hora prevista e descemos para a área de chegadas. O aeroporto estava todo decorado de verde e estava tendo um coral bem na frente da porta da saída. O tempo passou e nada do Teo aparecer. Cheguei a brincar com o Guilherme que se por acaso ele perdesse o voo nós nunca saberíamos, pois estávamos sem bateria no celular e não encontramos nenhuma tomada. Passou mais um bom tempo e eu tentei ligar meu celular. Assim que ele ligou, vi que tinha uma mensagem do Teo, mas o celular já morreu de novo antes que eu pudesse abrí-la. Liguei o meu notebook, que também já tinha acabado a bateria, mas ele ficou ligado tempo suficiente pra conectar o celular no USB e ler a seguinte mensagem: "perdi o voo".

O mais engraçado é que não tínhamos hostel reservado para dormir. O Teo tinha conseguido lugar no apartamento de um amigo dele que está estudando em Dublin! Ficamos um bom tempo sem saber o que fazer, até que achamos uma tomada na parede de fora do aeroporto. Liguei o note, sentei no chão e consegui me comunicar com o Teo. Ele acabou comprando uma passagem de trem de Birmingham até alguma cidade na costa, e de lá uma balsa até Dublin. Mesmo assim, passamos o dia na casa do amigo dele sem ele, pois ele chegou só à noite.

St Patrick's Day
Passamos os outros dois dias principalmente em pubs e clubs no famoso Temple Bar - sinceramente, eu não aguentava mais! Acho que eu iria gostar mais de ir em outra época pra conhecer a cidade e principalmente fazer daytrips pelo interior da Irlanda, que dizem ser tão bonito quanto o da Escócia (onde fui em dezembro). Mesmo assim, valeu a pena ter ido, pois foi uma experiência bem legal. Andar pela cidade e ver multidões verdes, com chapéus malucos e com a cara pintada, me lembrou muito os dias de Tusca e InterUnesp. Domingo foi o dia mais lotado, pois foi o St Patrick's Day em si. Ele é muito parecido com o carnaval, mas com menos nudez e mais fantasias bizarras.

A única coisa que fizemos de diferente foi comer uma feijoada muito boa e relativamente barata (8 euros para comer à vontade) em um pub. O amigo do Teo nos levou até lá pra almoçar no sábado. Um pouco mais tarde, a Ligea (que ficou um tempo na Irlanda) me sugeriu um pub para ir, mas ninguém de lá sabia onde era. No domingo, ficamos um tempão procurando o lugar pra comer de novo (o amigo do Teo não estava com a gente), e quando finalmente encontramos tivemos uma surpresa: o pub da feijoada e o pub sugerido pela Ligea eram o mesmo, e inclusive já tínhamos ido nele na noite anterior sem perceber o nome!

Passamos mais uma noite no aeroporto de Dublin e pegamos o voo pra Birmingham na segunda de manhã (18/3).

Quase férias!

Torci o pé jogando bola na penúltima semana e não teve mais fut até hoje :( No primeiro dia ele ficou bem inchado e fiquei mais alguns dias quase sem conseguir andar. Agora ele já está bem melhor, mas às vezes eu sinto um pouco quando piso muito forte ou de mal jeito.

A última semana de aula foi bem corrida - admito que quase não fui nas aulas. Os trabalhos acumulados pra última semana tomaram quase todo o meu tempo, e ainda tive que arrumar mais tempo pra mais uma viagem "à negócios" para Londres. Passei a quinta-feira (21/3) correndo atrás de documentos no Consulado e autenticações em cartórios. Além disso, a viagem de férias que começaria no dia 25 ainda não estava pronta (e só ficou pronta algumas horas antes de sair de Birmingham!).

Tentamos sair pra alguma festa no último fim de semana, mas acabamos demorando muito e terminamos a noite em uma flat party aleatória lá por perto. A neve voltou em plena primavera para se despedir da gente :D Tudo ficou mais bonito de novo, tivemos mais um pouco de guerrinha de neve e tentamos montar um boneco, que acabou virando um projeto de iglu que desistimos de terminar - mas estava ficando legal!

Boneco de neve e parte do iglu em construção

Finalmente, o dia 25 chegou! Em breve postarei aqui tudo que eu puder me lembrar dessa viagem de 26 dias entre Malta, Itália, Grécia, Marrocos e Espanha :)

22 de fev. de 2013

Itália

Bom dia!

Agora são 20:30 do dia 7 de fevereiro de 2013, e estou escrevendo de dentro de um ônibus. Estou na estrada, indo para Londres, para o meu aeroporto preferido: o Heathrow! Não sei definir o que estou sentindo agora, mas acho que é saudade. Talvez nostalgia. O dia da chegada, minhas primeiras horas em Londres, o alarme de incêndio que disparou e eu nunca soube o motivo... São lembranças que vão ficar pra sempre.

Nem faz tanto tempo, mas da última vez que estive nele eu era outra pessoa. Eu tinha vergonha de falar inglês, eu só tinha falado com 1 estrangeiro em toda a minha vida, e quase tudo o que eu conhecia ficou no Brasil. Eu era um estranho num mundo novo. E que mundo! Eu não conhecia o Big Ben, a Torre Eiffel e o Coliseu. Eu não conhecia a alegria e a beleza da neve. Eu tinha acabado de descer do meu primeiro voo. Eu ainda escrevia “vôo”.

Eu não sabia o quanto a família e os amigos podem fazer falta. Eu não sabia o quanto aperta o coração ver minha mãe chorando de saudades no Skype, e nem como era chorar toda vez que leio uma carta que ela deixou escondida no bolso da minha blusa.

No meio de tudo isso, teve uma mudança que eu acredito ser a maior de todas. No dia 14 de setembro de 2012, quando eu conheci o Heathrow Airport, eu não tinha uma aliança na minha mão direita. Eu já tinha a certeza, mas não era oficial: hoje eu tenho uma noiva.

Esse é um post especial, pois conta como isso aconteceu. No post anterior, escrevi até o dia em que pegamos um voo de Barcelona para a Itália. Cada cidade desse país maravilhoso, cada momento que passamos nele, cada hostel, padaria ou restaurante, são detalhes que vão ficar pra sempre na memória.

Roma

Chegando em Roma
O voo de Barcelona para Roma foi o primeiro que eu e a Nany pegamos juntos. Chegamos em Roma na sexta (28/12) às 7:30 da manhã. Tivemos um início de viagem meio conturbado. Explica-se: o hostel que eu tinha reservado era, teoricamente, perto do aeroporto. O problema é que a saída do aeroporto era do lado contrário que eu imaginei olhando no mapa, e como ele fica no meio do nada, não tinha como ir andando. Demoramos um bom tempo pra descobrir qual ônibus pegar, mas conseguimos chegar na estação de metrô que, teoricamente, ficava a algumas quadras do hostel. O problema é que ainda estávamos no meio do nada, e pra chegar no hostel tínhamos que pegar estrada. Mais algum tempo depois, descobrimos qual ônibus pegar e encontramos uma espanhola que nos ajudou a descer no ponto certo.

Agora sim, estávamos a algumas quadras do hostel. Era só chegar, fazer o check-in e dormir. Ou, no mínimo, deixar as malas e sair pra passear até a hora do check-in. Teoricamente. Chegando lá, nos deparamos com um bilhete ao lado do interfone: check-in às 15-16h, ninguém na casa antes desse horário. Estávamos sem dormir, num bairro longe de tudo (talvez fosse até outra cidade), com toneladas de malas (o que não eram tantas toneladas assim, visto que viajamos de Ryanair, mas ainda assim incomodava) e sem lugar pra deixar as malas por umas 5 horas!

Nosso primeiro café italiano
Sem mais opções, decidimos ir conhecer o Coliseu. Fizemos uma parada numa padaria antes (muito boa, por sinal), pegamos o ônibus até a estação e entramos no metrô. A estação (Ananigna) era a última da linha principal de Roma. Descemos na estação Términi, que é onde as duas linhas de metrô se encontram e também onde fica a estação de trem, e pegamos a outra linha até a estação Coliseu. Me arrisco a dizer que foi o metrô mais lotado que eu já peguei. E não custa lembrar que estávamos com malas. Toneladas. E sem dormir! O dia tinha tudo pra ser péssimo. Teoricamente.

Enquanto subíamos as escadas da saída do metrô e o Coliseu crescia, aos poucos, à nossa frente, todo o stress foi sendo substituído por uma alegria inexplicável. Não acho que foi o monumento que eu mais gostei de conhecer, mas por algum motivo foi o que me deu a melhor sensação. Alguns dias antes, em Barcelona, tivemos uma discussão sobre a teoria de que a melhor sensação que um ser humano pode ter é o alívio. Não sei se é verdade, mas eu lembrei disso antes de terminar os degraus.


Primeira visão do Coliseu

Local onde eu li meu livro enquanto a Nany dormia :)
A partir daí, o dia parecia outro. Andamos em volta do Coliseu, subimos e descemos escadas, passamos por algumas feirinhas, e tudo carregando as malas. Na hora do almoço, comemos pizza num restaurante que fica bem de frente pro Coliseu, do alto. A pizza era daquelas prontas que vendem por pedaço em padarias, mas estava muito boa. Depois sentamos numa calçada, conversamos um pouco e a Nany dormiu, ainda com o Coliseu no fundo. Eu peguei o segundo livro da série Hunger Games da mala e li vários capítulos enquanto esperávamos a hora do check-in.

Fizemos todo o caminho de volta (dois metrôs, ônibus, caminhada), fizemos o check-in e amamos o hostel, apesar da distância. O maior problema foi a dificuldade pra achar, mas depois que sabíamos o caminho e qual ônibus pegar, ficou fácil. Uma coisa me impressionou, pois de todas as cidades que fiquei, esse hostel foi o único: além da internet, os quartos tinham tablets sem custo adicional! Tá, eu nem usei, mas achei no mínimo curioso.

À noite, mais uma curiosidade: eu saio andando pelo bairro em busca de um mercado pra comprar algo pra comer, e quando entro me deparo com 90% dos corredores só de massas – macarrão, principalmente. Eu lembrei de um dia, na minha república em São Carlos, que uma mulher disse pro Sílvio Santos que ia pra Itália e ele retrucou instantaneamente: “Vai comer macarrão!?”. Na hora nós achamos engraçado por ser um estereótipo exagerado. Talvez não tenha sido tão exagerado, afinal.

Piazza San Pietro
No dia seguinte (sábado, 29/12), acordamos cedo e pegamos o metrô até o Vaticano. Demos uma volta pela Piazza San Pietro e chegamos a pegar a fila pra entrar na Basílica, mas desistimos depois de calcular que ela demoraria horas. Depois andamos até o Castel Sant'Angelo, atravessamos o Rio Tibre na Ponte Sant'Angelo e paramos para almoçar o melhor prato que comemos em toda a Itália: o Gnocchi Primavera, além de uma deliciosa Bruschetta (pão com tomate, basicamente) de entrada!


Fontana di Trevi
Passamos a tarde andando pelo centro histórico de Roma, passando por quase todos os pontos turísticos: Piazza Navona, Pantheon, Fontana di Trevi, Piazza di Spagna e Piazza del Popolo, além de algumas praças e monumentos que encontramos "acidentalmente" e eu nem sei o nome. Eu achei tudo fantástico. Diz a lenda que quem joga uma moeda na Fontana di Trevi (que é uma fonte, como o próprio nome diz) volta um dia para Roma. Eu joguei, e tudo indica que estarei lá novamente no dia 4 de abril - mais detalhes da minha próxima viagem de férias em breve :)

Bruschetta: a entrada de todas as nossas refeições :)
À noite, íamos jantar com uma amiga minha que também estava em Roma, mas ela acabou não indo e fui sozinho com a Nany. Comemos num restaurante no centro, e quando nos demos conta do horário, saímos correndo para não perder o último metrô, que teoricamente fecharia meia noite, segundo o garçom do restaurante. No desespero, subimos num ônibus que parecia que ia até a estação, pois tínhamos um ticket que podia ser usaro em qualquer transporte público o dia inteiro. Quando percebemos que o ônibus estava indo para o outro lado, descemos e pegamos outro, e a situação ficou ainda pior. O ônibus saiu da cidade e começou a pegar ruas escuras sentido fim do mundo. Sem mais o que fazer, esperamos ele chegar no ponto final e voltar - o que demorou mais de uma hora. Quando finalmente chegamos na estação do metrô, já era 1:20 da manhã, e para a nossa surpresa o metrô ainda estava funcionando!

Acordamos tarde no domingo (30/12), passamos por mais uma praça (essas pracinhas familiares que adoramos ficar sentados fazendo nada) e esperamos dar o horário do trem para Florença, que é o nome em português da cidade também conhecida por Firenze.

Firenze

Chegamos por volta das 16h e fomos andando para o hostel guardar as malas. Mesmo sem ter nenhum mapa da cidade e já estando escurecendo, saímos na direção do centro, seguindo o fluxo e as luzes. A cidade estava lotada de feirinhas por todos os lados. Andamos por quase todas as ruas do centro, jantamos e voltamos pro hostel.

Infelizmente nossa passagem por Firenze foi bem curta. Ficamos apenas 1 dia, mas foi suficiente pra ver (correndo) no dia 31/12 os pontos principais: a Ponte Vecchio e o Duomo. O Duomo é muito bonito, mas o que eu mais gostei foi a ponte, que possui casas e lojas em cima dela, como vocês podem ver na foto ao lado.

Ponte Vecchio

Ficou faltando a Piazzale Michelangelo, onde dizem ter a vista mais bonita da cidade, e a famosa Torre de Pisa na cidade vizinha (Pisa), que daria pra ir e voltar de ônibus no mesmo dia se tivéssemos mais tempo. Pegamos o trem no final da tarde para Verona, fazendo uma escala de 20 minutos numa cidade chamada Padova. O segundo trajeto dessa viagem (Padova-Verona) estava com a primeira classe no mesmo preço que a segunda, para minha surpresa. Como não sou besta, viajamos de primeira classe, num vagão vazio, com direito a refrigerante e amendoim, e chegamos com estilo na cidade onde passaríamos o reveillon - uma noite que ficaria marcada para sempre :)

Verona

A estação de trem de Verona é um pouco mais afastada do centro, então tivemos que pegar um ônibus que passava na frente do nosso hostel. No caminho, o ônibus passou na frente de uma praça onde estava sendo montado um palco para o show do reveillon. Chegamos no hostel e pegamos a chave escondida na caixa de correios (conforme informado pelo dono por e-mail). Entramos, nos trocamos e saímos andando para a praça, chamada Piazza Bra.

Gnocchi di ricotta al tartufo
Como ainda era cedo, o lugar ainda não estava lotado, apesar do palco já estar montado. Nessa praça fica a Arena di Verona, que é uma arena mais antiga que o Coliseu, de Roma, porém menor e menos famosa. Eu ainda estava em dúvida se faria o pedido naquela noite ou nos dias seguintes, mas me decidi assim que vi aquela arena. Demos uma volta na arena e na praça, olhando os cardápios dos restaurantes, e escolhemos um lugar para jantar. Pedimos um gnocchi di ricotta al tartufo (nhoque com massa de ricota com um tempero italiano chamado tartufo, que dizem ser muito bom). Não tenho palavras pra descrever o sabor desse prato... Mas o mais perto que consigo é: horrível!!! hahahaha, comemos menos da metade e saímos :(

Pose para o desenho
Voltamos pra praça, que já estava um formigueiro. O show já tinha começado, fomos pro meio da galera e ficamos um tempo assistindo. Quando era quase 23h, eu falei pra Nany que queria ligar pra minha mãe e fomos para longe da multidão, do lado da arena. Eu tentei ligar, mas meu celular estava sem sinal - juro que essa parte não foi planejada! Tiramos algumas fotos enquanto esperávamos o sinal voltar, e então eu peguei do bolso uma caneta e um papel (o verso do nosso mapa de Verona), falei pra Nany ficar de pé perto da Arena e comecei a desenhá-la: http://sketchtoy.com/23083277

Primeira reação: "Que lindo! O que é isso na sua mão, um cadeado?"
Ok, eu admito que o desenho no papel não ficou perfeito, mas foi por falta de cores na caneta e por estar nervoso e com as mãos começando a tremer. De fato, ficou parecendo um cadeado, como vocês podem ver na foto abaixo. Mas eu não respondi, apenas tirei as alianças do bolso.

Segunda reação: "O que você ta fazendo?"
Esse foi o momento que ela ficou nervosa e sem saber o que falar. "Estou te pedindo em casamento", eu disse. Ela disse "sim" sem pensar, mas continuou muito nervosa, perguntando o que os pais dela iam achar. Então eu disse que eu já havia contado pra eles, e que todos das duas famílias já sabiam, além de alguns amigos.

Terceira reação: o choro!
Foi aí que caiu a ficha. Colocamos as alianças, tiramos fotos e ficamos sentados nas escadas. Percebemos que tudo isso aconteceu do lado de um poste de luz, que é de certa forma uma ironia, pois começamos o namoro em um ponto de ônibus :)

Versão original do desenho

Tomamos um sorvete italiano, ligamos para as famílias e voltamos para a multidão para esperar os últimos minutos de 2012. O show foi muito legal, inclusive com algumas músicas brasileiras. Depois da contagem regressiva, a surpresa: os fogos foram montados em cima da arena. Foi tudo muito bonito, curtimos cada minuto, fiz vídeos e tirei incontáveis fotos dos fogos em busca de uma bonita. Foi tudo inesquecível.

Feliz ano novo!

Voltamos andando para o hostel e tiramos as alianças, pois a dela ficou larga e tivemos que trocar.

Casa da Julieta
Terça-feira, 1° de janeiro de 2013. Tomamos um ótimo café da manhã no hostel - tudo disponível na cozinha a qualquer hora do dia - e saímos para conhecer Verona, a cidade palco da história de Romeu e Julieta. O primeiro lugar que passamos foi a casa da Julieta. A entrada possui as paredes forradas de chicletes e com nomes de casais que passaram por lá. Passando por essa entrada, tem uma área aberta onde tinha uma árvore de natal, um portão com infinitos cadeados com mais nomes de casais, uma loja de souvenir e a entrada para a casa propriamente dita, embaixo da famosa varanda da Julieta. Como o lugar estava muito lotado, deixamos pra entrar depois. Dizem que existe também a casa do Romeu, mas ela é propriedade privada e portanto não atrai turistas.

Arena di Verona
Seguimos a mesma rua, Via Capello, até uma feira na Piazza dei Signori, onde fica a Torre dei Lamberti. Depois fomos novamente até a Piazza Bra para ver a Arena durante o dia. Almoçamos num restaurante lá perto, pedimos uma caipirinha brasileira, que veio com canudos verde e amarelo e acompanhada com pipoca e azeitonas. Depois entramos na Arena, que era bem mais barata que o Coliseu, e ficamos admirando a vista do alto enquanto escurecia. Passamos novamente pelo poste que marcou o início do nosso noivado, tiramos algumas fotos e fomos para o hostel.


No dia seguinte (quarta, 02/01), voltamos para a casa da Julieta, dessa vez para entrar. A casa é um museu com vários objetos que pertenceram à verdadeira família Capuleto, a qual inspirou a história de Shakespeare. Deixamos nossos nomes em todos os lugares que tínhamos direito, inclusive no caderno de visitas, no sistema de "e-mails para a Julieta" e em um cadeado no portão.

Livro de visitas da casa da Julieta

Tumba da Julieta
Depois atravessamos a cidade procurando a tumba da Julieta. Esse foi o primeiro dia de toda a viagem que choveu - e choveu o dia inteiro. A tumba fica em um outro museu e não atrai tantos turistas quanto a casa - é só uma tumba, meio sem graça, e se soubéssemos que era só isso e tão longe, talvez nem iríamos. Enfim, deixamos nossos nomes na parede também, e começamos a andar de volta pro centro.




Castelvecchio e Ponte Scaligero
No caminho, passamos pelo Castelvecchio, um castelo na margem do rio Adige, atravessamos a Ponte Scaligero e seguimos a margem do rio, vendo de longe o Duomo di Verona e o Teatro Romano. O frio e a chuva não nos deixou empolgados para ir até eles, então seguimos mesmo para o hostel. Descansamos um pouco, pegamos as malas e fomos para a estação para pegar o trem das 19:05 para a última cidade da Itália.


Milão

Chegamos por volta das 20:30 e pegamos o metrô para o nosso hostel, que tinha um estilo totalmente diferente dos anteriores. Enquanto os hostels de Roma, Firenze e Verona eram muito caseiros e tranquilos, o de Milão era mais parecido com um hotel mesmo, com vários andares, quartos e tudo mais. Aliás, tive a mesma impressão da cidade, o que não me surpreendeu, pois Milão não é conhecida por ser uma cidade histórica, e sim pelo "glamour". Antes de dormir, comi o meu primeiro kebab, uma carne muito famosa aqui na Europa, que compramos em um restaurante lá perto.

Duomo
Na quinta (03/01), como se não estivéssemos cansados de ver Duomos, fomos conhecer o de Milão, que é o point da cidade. Ele é imenso e muito bonito, mas só isso. Deve ter uma vista bonita do alto, mas não quisemos pagar pra subir. Demos uma volta pelas redondezas, por longas ruas com lojas chiques, tomamos um sorvete, e só, o dia acabou.




Chocolate quente no parque :)
No nosso último dia de Itália (04/01), fomos para o Giardini Publicci, um parque bonito onde estava tendo mais uma feira de Natal. Tomamos um chocolate quente, andamos pelos jardins e passamos um pouco de frio. Depois fomos para o Castello Sforzesco, e chegando lá descobrimos que o castelo é só um complexo de museus. Como não gostamos de museus, ficamos sentados esperando dar a nossa hora. Voltamos para o hostel, pegamos as malas e pegamos um ônibus para o aeroporto de Bergamo, que fica a 1 hora do centro de Milão. Às 19:50 nos despedimos da Itália, o lugar que passei os melhores momentos, não só dessa viagem, mas de todas as minhas viagens aqui na Europa. Ainda bem que joguei a moeda na fonte de Roma, porque com certeza quero voltar :)

30 meses com ela

Hoje é dia 22/02 - pois é, demorei 15 dias pra terminar de escrever esse post. Muita coisa já aconteceu desde aquele dia, mas acredito que conseguirei escrever sobre tudo em um único post. Quanto à viagem de férias, ficou faltando apenas Paris, pois eu resolvi deixar esse post apenas para a Itália.

E não há um dia melhor para terminar de escrever sobre a Itália. Hoje eu comemoro 2 anos e meio de namoro com a Nany, e não tenho palavras pra definir a felicidade que ela me traz. Desde o dia 22 de agosto de 2010, naquele ponto de ônibus, eu posso dizer que sou outra pessoa. E é por isso que afirmo com toda a certeza do mundo que é com ela que quero passar o resto da minha vida.

Te amo :)

12 de fev. de 2013

Barcelona

Bom dia!

Primeiramente, eu queria agradecer a todos vocês pela marca de 1000 (mil) visitas no blog! Eu nunca teria conseguido sem vocês! hahahaha

1000 visualizações!

Eu sei que é pouco pra um blog, mas a média de 75 visualizações por post está bem acima do que eu esperava. Muuuito acima! Isso faz eu me perguntar: quem são vocês? Com exceção de algumas poucas pessoas, eu não faço ideia de quem está lendo o que eu escrevo. E eu gostaria de saber! Então se vocês puderem deixar um comentário aqui ou no Facebook, ou mesmo uma mensagem privada porque você tem vergonha de admitir publicamente que lê um blog chamado "Traga-me o presunto", eu agradeço! =D

Secundariamente, eu queria agradecer ao Nelson e ao Suetônio por terem nos hospedado em sua humilde residência em L'Hospitalet de Llobregat (Barcelona)! Thanks <3

Bom, agora vamos ao que interessa. Eu já escrevi mais do que tem nesse post, mas resolvi enviar só a parte de Barcelona pra não ficar muito tempo sem postar e não deixar o próximo post muito grande. Mas em vão, porque vai ser grande anyway.

Barcelona

Apartamento do Nelson
Depois do meu único dia de “descanso”, eu e o Daniel pegamos um voo de Birmingham pra Barcelona. Foi a minha primeira viagem saindo direto de Birmingham, e até que gostei do aeroporto, apesar de ser bem pequeno. Eu já tinha comprado a passagem de Barcelona pra Itália no dia 28/12, e como tínhamos lugar pra ficar na casa do Nelson, compramos a passagem para Barcelona mais barata que encontramos, que era no dia 17. Com 11 dias pra conhecer a cidade, não fizemos quase nada até o dia 21/12, o dia do fim do mundo que a Nany chegou. Fomos apenas em um shopping, num snooker bar, numa festa (onde bateram no meu braço quando eu fui olhar a hora, meu celular caiu no chão e rachou a tela) e no must-go da Espanha, o “100 Montaditos”. O resto do tempo passamos em casa, provavelmente assistindo partidas profissionais de Snooker na TV.

Ela :)
Como o mundo não acabou, busquei a Nany no aeroporto e tentamos ir para uma festa à noite. Conheci o Joel, um espanhol que morou um tempo na minha república, no Brasil, depois que eu já tinha vindo pra cá. Ele mora em Mataró, uma cidade do lado de Barcelona. Acabamos enrolando demais e demorando para comer, e quando finalmente íamos entrar na festa (umas 3 da manhã), ela estava lotada e a do lado era muito cara. Decidimos abandonar e voltar pra casa.



Rodízio de comida japonesa e laranjas
No dia seguinte (sábado, 22/12), acordamos tarde e acabamos não fazendo quase nada durante o dia. À noite, fomos a um rodízio de comida japonesa: eu, Nany, Daniel, Nelson, Mato Grosso (mais um morador da minha república, que está em intercâmbio na Espanha, e era o aniversariante da noite) e Raquel (sua namorada). O restaurante era diferente dos outros que eu já tinha entrado (mas já tinha visto outros do tipo). Do lado das mesas tem uma esteira por onde passam os pratos, basta pegar o que quiser e comer. Mas o que surpreendeu foi a variedade das comidas: além da comida japonesa, tinha vários tipos de doces, frutas e até danone!


Mega sistema de lixo de Barcelona
No domingo (23), finalmente saímos para conhecer a cidade. Começamos por um parque chamado Parc Güell, que fica bem no alto e tem uma arquitetura interessante feita pelo arquiteto Gaudí – aliás, aparentemente a cidade toda foi projetada por esse cara. No caminho, encontramos as lixeiras do mega sistema subterrâneo de lixo: os sacos são sugados pra baixo da terra e viajam automaticamente pra um depósito de lixo. Esse sistema cobre, teoricamente, 70% de Barcelona. O Nelson mora lá há meses, e essa foi a primeira vez que ele viu um...


Paella de arroz negro
Depois do parque, pegamos o metrô até a praia, onde caminhamos um pouco em busca de um restaurante barato para experimentar um dos pratos típicos da Espanha: a paella de arroz negro. Finalmente achamos (ou desistimos, porque ela não era tão barata, actually) e comemos. Tive a mesma conclusão da paella e da praia: bom, mas nada especial. A paella valenciana de Madrid e a praia de Aveiro eram bem melhores!



 
Segunda, dia 24, véspera de Natal. Conhecemos mais um pouco da cidade (um shopping na Plaça d'Espanya e o Museu Nacional d'Art da Catalunya, só por fora) durante o dia e ficamos em casa à noite. A Nany fez a especialidade dela: o melhor strogonoff que eu já comi! Comemos com arroz, batata, uma salada também muito boa e, é claro, Coca! Também compramos um champagne barato e horrível que inchava a barriga com um único gole. Para a sobremesa, frutas com Nutella! Enfim, tivemos um Natal bem divertido =)

Strogonoff, nutella e champagne

Sagrada Família
Terça (25) fomos ao que deve ser o principal ponto de Barcelona: a Sagrada Família, uma igreja que está sendo construída há bilhões de anos e nunca vai ser terminada. Diz a lenda que parte dela foi projetada por Gaudí e outra parte por outro arquiteto, e por isso ela tem detalhes e acabamentos diferentes de cada lado. Ela é imensa, e pelo nível de detalhamento entende-se o porquê dos bilhões de anos. As construções já fazem parte da paisagem.



Arco do Triunfo
Depois andamos pela La Rambla, uma avenida muito bonita, e entramos no bairro gótico. Essa foi a parte da cidade que eu mais gostei. Apesar de ser um lugar simples, as pequenas e simpáticas ruas me lembraram muito das ruas de Toledo, e finalmente tive a sensação de que eu estava na Espanha. Pois é, às vezes coisas fantásticas me desapontam e coisas simples me apaixonam...




100 Montaditos
Não lembro de quase nada do dia 26, só sei que fomos de novo no 100 Montaditos, porque quarta é dia de 100 Montaditos! No dia seguinte, combinamos com o Joel de ir até Mataró pra sair com ele, mas compramos o ticket zona 2 do metrô, e a cidade fica na zona 3. Depois de muitas contas e muita discussão sobre o que fazer, decidimos que ia ficar muito caro comprar outro (até porque era mais caro), voltamos pra casa e o Nelson disse que comprava esses tickets para usar na zona 1 mesmo. Só que não, porque os tickets ficaram comigo!

Voltamos pra casa, comemos pizza de forno e brigadeiro, fizemos as malas e dormimos umas 2 horas. Eu e a Nany saímos de madrugada, pegamos o ônibus noturno pro aeroporto e esperamos até a hora do nosso voo.

Destino: Itália!

PS: Eu percebi que estou usando muitas expressões em inglês aqui, porque é a primeira coisa que vem na cabeça e a tradução não fica legal ou parece que não transmite exatamente o que eu quis dizer. Sorry about that! =D

30 de jan. de 2013

Ice Cubes Trip

Bom dia!

Acabei demorando novamente, mas dessa vez não foi por falta de vontade: é porque o post ficou imenso e levei dias para escrever!

Como eu disse antes, estive de férias entre os dias 7/12 e 7/1, e fiquei quase todo esse período viajando. Logo no primeiro sábado (8/12), comecei uma viagem pelo Reino Unido com os outros brasileiros do CsF. Pegamos um ônibus às 2:35 da manhã (entre sábado e domingo) e começamos a viagem de 5 horas e meia. Fomos de Megabus, uma empresa de baixo custo (e baixa qualidade) que faz vários trechos por todo o Reino Unido, além de algumas outras cidades da Europa. Porém, a baixa qualidade daqui ainda é melhor que muitos ônibus do Brasil (leia-se: Reunidas), exceto pela poltrona não-reclinável.

Se por um lado a Europa dá de 10x0 no Brasil quanto à qualidade dos ônibus, as pessoas que andam nele não são muito diferentes - humanos são humanos em qualquer lugar. Primeiro, tivemos que sentar todos separados e nos poucos lugares disponíveis, porque quase todos os lugares duplos estavam ocupados por uma só pessoa, deitada e dormindo (ou fingindo), que entraram no ônibus na cidade anterior. Mas fica pior: desde o momento que subimos no ônibus até umas 6 da manhã, tivemos que aturar um ser falando (ou gritando) no celular em algum idioma não-reconhecível. Nem preciso dizer que quase não dormi.

Enfim, chegamos :)

Glasgow

Corrida para entregar presentes
Nosso primeiro destino foi Glasgow, a maior cidade da Escócia. Chegamos por volta das 8 da manhã do domingo, todos mortos e com frio - quase 500km a mais de frio do que Birmingham. Entramos no primeiro lugar que vimos pra tomar um café e comer alguma coisa, ainda na estação. Depois de esquentar e criar coragem, saímos e andamos até o hostel que havíamos reservado. No caminho, passamos por uma corrida de Papais Noéis =D


Pista de gelo
Depois de fazer o check-in e deixar as malas, saímos para andar e passamos o dia conhecendo a cidade. Encontramos um parque com uma pista de gelo (a única que eu tinha visto até então), e enquanto estávamos lá começou a tocar uma música no mínimo curiosa que marcou toda a viagem: Jake the Peg! Ainda não sei a origem da letra, mas é uma música escocesa de Natal. O primeiro vídeo abaixo é a música original com uma animaçãozinha, e o segundo é uma versão cantada por um apresentador que faz uma dança bem engraçada!






Catedral
Além da pista de gelo e dos prédios magníficos no centro da cidade, passamos por um cemitério, uma catedral, um jardim botânico com plantas carnívoras (a primeira vez que eu vi), um lago congelado (o primeiro que eu vi) e a Universidade de Glasgow, com construções incríveis. Quase ficamos presos dentro da Universidade, pois entramos por um lugar que nem tinha portão, mas do outro lado os portões estavam trancados. Foi muito parecido com a situação que passei com a Nany em Coimbra, com exceção que dessa vez não encontramos nenhum túmulo! xD

Depois disso voltamos para casa e dormimos cedo. Infelizmente não consegui fotos boas da Universidade, pois já estava escurecendo...

Highlands

No dia seguinte (segunda, 10/12), acordamos bem cedo pra pegar uma van às 8:00 para um tour que tínhamos comprado para o norte da Escócia: Highlands e Lago Ness =D

Primeiro local secreto do nosso guia
Highlands é o nome dado à região de montanhas da Escócia, e o Lago Ness é o próprio: a residência de Nessie, o monstro do Lago Ness. Apesar de parecer um pouco caro inicialmente (£36), esse tour foi uma das melhores aquisições que eu já fiz aqui na Europa! O motorista era muito legal, e foi quase a viagem toda conversando e contando as histórias por um microfone da van, além de colocar pra tocar algumas músicas escocesas. Além dos destinos principais, ele fez algumas paradas em lugares muito bonitos para tirarmos fotos ("locais secretos", segundo ele). Paramos em alguns lagos, montanhas (Glencoe) e uma ponte congelada - subir nela foi um desafio, mas descer foi impossível!


Highlands

As paisagens daquela região são incríveis, e me arrisco a dizer que foi um dos lugares mais bonitos que eu já estive. Só isso já valeu a pena, e foi a parte mais legal da viagem, apesar de inicialmente eu estar mais empolgado pra conhecer o Lago Ness!

Ruínas deixadas por Nessie
Finalmente, chegamos no Urquhart Castle, um castelo nas margens do Lago Ness que obviamente foi destruído pelo Monstro - apesar de disseminarem a falsa informação de que ele foi destruído numa guerra, eles não me enganam! De lá, pegamos um barco e atravessamos uma parte do lago para encontrar a van do outro lado. Depois disso voltamos para Glasgow, parando apenas para comer, e chegamos às 20:00 - 12 horas muito bem gastas! :)



Lago Ness :)

Eu fazendo amizade com o monstro

À noite, eu e o Daniel participamos de uma revelação de amigo secreto, via Skype, com todo o pessoal da Rep 377 e agregados de todos os cantos do mundo. Foi muito divertido e eu adorei ver todo o pessoal zica =D

Edinburgh


Segundo andar de Edinburgh
Andamos mais um pouco na manhã do dia seguinte (terça, 11/12), e depois do almoço pegamos um trem para Edimburgo, a capital da Escócia. Andamos da estação até o hostel, e só nessa caminhada já fiquei apaixonado pela cidade: os prédios imensos e antigos, os parques, as pontes... Depois de subir vários degraus, me dei conta de que estávamos no "segundo andar da cidade": da calçada dava pra ver que estávamos em cima de um prédio! Incrível =D




Depois de chegar no hostel, fazer o check-in e deixar as malas, saímos para caminhar mais um pouco. Entramos num museu muito legal, que era dividido em várias partes. Como já era final de tarde e o museu estava quase fechando, só deu tempo de conhecer o comecinho da parte de ciências. Eu saí com muita vontade de voltar depois pra ver mais, mas não deu tempo...

Na quarta (12/12) de manhã, fizemos um tour pela cidade e conhecemos boa parte da história. À noite, participamos de um outro tour "assombrado" para os lugares mais escuros e macabros da cidade, que complementou as histórias que ouvimos no primeiro. Pra facilitar, vou contar aqui tudo de uma vez :)

Bobby
A cidade é palco de uma história mundialmente conhecida sobre um cachorro chamado Geryfriars Bobby. Ele e seu dono, John Gray, eram inseparáveis. Diz a lenda que depois que o dono morreu, em 1858, Bobby passou 14 anos ao lado do túmulo, saindo apenas para comer e se proteger do frio no inverno, até que ele morreu em 1872. Ele não pôde ser enterrado dentro do cemitério, mas ficou num túmulo em uma igreja a apenas 70 metros do dono. A cidade possui muitas referências a ele, inclusive estátuas e cartões postais. Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Greyfriars_Bobby




Alguns túmulos ainda possuem a grade "anti-roubo"
Esse mesmo cemitério, chamado Greyfriars Kirkyard, é conhecido por ser mal assombrado. Antes de 1832, quando foi criado um "Anatomy Act" com leis sobre o uso de órgãos humanos em cirurgias, existiam muitos ladrões de corpos que roubavam os mortos dos cemitérios para vender os órgãos. Depois que as famílias começaram a proteger os túmulos com grades, os "ladrões" mais ousados começaram a entrar nas câmaras subterrâneas da cidade - que foram construídas inicialmente para estocar mercadorias, mas depois de abandonadas se tornaram abrigo para mendigos - e escolher o corpo mais "saudável" para matar e vender os órgãos.

Entrada do cemitério

Essa não é a única lenda, existem outras que não me lembro tão bem (como a do Mackenzie Poltergeist: http://goo.gl/X0tgh), mas existem vários relatos de pessoas que sentiram alguma coisa, ficaram com marcas no corpo ou até desmaiaram, tanto no cemitério quanto nas câmaras. Obviamente, a cidade aproveita isso muito bem fazendo tours noturnos para o cemitério e para as câmaras.

The Elephant House
E não acaba por aí. Edimburgo também faz parte de outra história "sobrenatural": Harry Potter. Acredita-se que vários nomes dos livros foram baseados em nomes gravados em túmulos desse cemitério, como o de Thomas Riddel. Além disso, J. K. Rowling costumava escrever o primeiro livro em cafés como o The Elephant House, e dizem que a entrada da câmara secreta, no segundo livro, foi baseada num monumento de uma praça da cidade. Aliás, pra quem gosta de Harry Potter, aguardem os meus próximos posts (sim, o blog continua bastante atrasado, mas pretendo me recuperar nas próximas semanas) para conhecer os estúdios e os cenários dos filmes ;)


Possíveis inspirações do personagem Tom Riddle (esquerda) e da entrada da Câmara Secreta (direita)

No final da tarde, entre os dois tours, fomos ao castelo de Edimburgo, que fica no topo de uma colina bem no meio da cidade. Também fiquei fascinado pelo castelo, e principalmente pelas vistas de lá, mas aqui as fotos dizem mais que as palavras :)

Castelo de Edimburgo

Vista da cidade dos muros do castelo

Saímos do castelo, jantamos e fomos pro tour que eu já contei. Antes que me perguntem, eu não senti nada. Na verdade, o tour noturno foi mais engraçado porque nós ficamos o tempo todo desconfiando de todas as outras pessoas que estavam participando, tentando adivinhar quem seria o "ator infiltrado" para dar um susto no grupo em um possível grand finale. O que não aconteceu. No final concluímos que podemos ganhar muito dinheiro fazendo tours mais assustadores que aquele, mas valeu a pena =D

Voltamos para o hostel, já perto das 23h, e um grupo de pessoas que tinha ficado para se arrumar e ir pra algum outro lugar não tinham saído ainda. Como se o dia não tivesse sido cheio o suficiente, eu resolvi ir também! Tomei um banho correndo e saí com eles. Tentamos dois pubs diferentes, mas já estavam fechados, até que achamos um aberto e entramos. O lugar era incrível: um complexo de clubs interligados, todos funcionando, com balada, luzes e fumaça, e... umas 3 pessoas! hahahaha... O lugar estava completamente vazio, então entramos numa porta e descemos as escadas para tentar encontrar um melhor. Saímos em um outro club e demos de cara com um segurança, e pela cara que ele fez (nem ouvi o que ele disse), aquilo devia ser uma saída de emergência ou passagem só para funcionários xD

Enfim, ficamos por lá mesmo por algumas horas. Chegaram mais algumas pessoas, mas acho que nós éramos a maioria - e suficiente. Quando decidimos sair, achamos que era muito cedo para voltar pro hostel (umas 3:00 ou 4:00), então decidimos ir para... o cemitério! Como eu era o único que tinha ido no tour noturno, contei as lendas para eles enquanto passávamos pelos mesmos lugares (exceto as câmaras subterrâneas, que ficam trancadas). Depois saímos do cemitério e continuamos andando pela cidade, sem rumo, conhecendo ruas novas, dançando Jake the Peg no meio da rua, quando de repente começaram a cair os primeiros flocos de neve desde que cheguei aqui! Foi a primeira neve que eu gostei, porque a neve da Serra da Estrela, em Portugal, estava muito forte. As ruas começaram a ficar cada vez mais bonitas e os floquinhos nas nossas roupas faziam um clima muito bom. Com certeza, foi um momento que eu vou lembrar para sempre!

Aliás, só pelo tamanho dessa parte do post, nem preciso dizer que Edimburgo é um dos lugares mais fascinantes que eu já estive :)

Newcastle

Chegamos no hostel às 6 da manhã, dormimos e acordamos só na hora do check-out. Pegamos o trem, nos despedimos tristemente da Escócia, a qual já tenho saudades, e voltamos para a Inglaterra, mais especificamente em Newcastle. Chegamos no final da tarde, andamos pelo centro procurando uma Primark, compramos sacos de dormir e fomos para a moradia de brasileiros do Ciência sem Fronteiras que conhecemos pelo Facebook e nos hospedaram de graça =D

Catedral de Durham
No primeiro dia acabamos não fazendo nada, talvez desanimados pela chuva - o clima na Escócia estava ótimo, mas a chuva logo no primeiro dia de Inglaterra não me surpreendeu. No dia seguinte (sexta, 14/12), fomos de manhã para a cidade vizinha, chamada Durham, visitar uma catedral "famosa". A cidade é bem pequena e bonitinha, mas a catedral é imensa! Infelizmente não podíamos tirar fotos lá dentro, então minhas fotos de Durham não traduzem bem a experiência.


Vista da cidade de cima do castelo
À tarde, andamos pela cidade, paramos um pouco num pub aleatório para se proteger da chuva, e continuamos até o castelo, que é o principal ponto turístico de Newcastle. O castelo é bem pequeno, comparado com os outros que já conhecemos, mas o que eu achei legal é que quase todos os cômodos ficam abertos para o público. Não é bem um museu, não tem nada na maioria dos cômodos e parece que você está andando em cavernas ou masmorras, mas eu achei legal essa liberdade e a experiência de passar por corredores apertadas e escadas que não terminaram de ser construídas.

Depois de jantar, saímos todos para conhecer o que realmente atrai as pessoas para Newcastle: a nightlife. Passamos em um esquenta numa flat party (depois de fazer um pré-esquenta na moradia), entramos em uma festa que fechou por volta das 3h, e depois fomos para outra =)

Praia de Newcastle
No último dia da viagem (sábado, 15/12), fomos conhecer a praia de Newcastle, mas não ficamos muito tempo. Almoçamos num restaurante lá perto e voltamos para a moradia para pegar as malas. Finalmente, pegamos o nosso querido Megabus e, depois de mais 6 horas de viagem, chegamos em Birmingham por volta da meia noite.



Birmingh...

Depois de tantas viagens, tantas caminhadas, tantas noites dormindo pouco e algumas festas, tudo o que eu queria era descansar. Mas não deu nem tempo de falar "Birmingham" - passei o domingo (16/12) desfazendo as malas, lavando as roupas e refazendo as mesmas malas para começar a segunda parte das férias, que começaria já na segunda (17/12): Espanha, Itália e França. Aguardem o próximo post =D